Nesta terça-feira, dia 15 de outubro de 2024, o delegado adjunto da Polícia Judiciária Civil de Juara, Dr. Eric Fantin fez uma coletiva de imprensa, onde revelou importantes atualizações sobre o homicídio que chocou a cidade recentemente, relacionado à atuação da facção criminosa.
O delegado explicou que a polícia obteve vídeos de monitoramento das proximidades do local do crime, nos quais dois suspeitos são vistos chegando numa motocicleta e se dirigindo até a casa da vítima. O delegado informou que esses vídeos serão divulgados com o objetivo de solicitar à população ajuda na identificação dos indivíduos. “Pedimos que qualquer pessoa que consiga reconhecer os homens que aparecem no vídeo entre em contato com a Polícia Civil. Estamos em buscas contínuas para capturar esses elementos”, declarou.
Inocência da vítima e o papel da facção criminosa
Um detalhe que chamou a atenção foi a descoberta de um bilhete encontrado no corpo da vítima, com palavras como “tarado”, “morre”, e “morte”. Segundo o delegado, embora a grafia do bilhete esteja confusa, a Polícia acredita que alguém informou à facção que a vítima seria um abusador. Fantin, no entanto, foi categórico em afirmar que não há provas que sustentem essa acusação. “Muito pelo contrário, existe um boletim de ocorrência registrado contra essa vítima em outra cidade, mas no procedimento policial foi demonstrado que ela era inocente”, esclareceu.
O delegado destacou que, se a facção executou a vítima com base nessa acusação falsa, eles mataram um homem inocente. “Nada justifica esse crime, e a lei não permite que grupo criminoso faça justiça com as próprias mãos. Mas, neste caso, a situação é ainda pior, pois se tratava de um homem inocente”, reforçou.
Investigação em andamento
Fantin ainda explicou que, do ponto de vista jurídico, se uma pessoa forneceu intencionalmente a falsa informação à facção para incitar o homicídio, ela pode ser considerada mandante do crime. “Se alguém falou isso com a intenção de que o Comando Vermelho matasse a vítima, ela responde pela autoria imediata do homicídio”, afirmou o delegado. Entretanto, ele acrescentou que, até o momento, não há suspeitos sobre quem possa ter inventado essa história para a facção criminosa.
A Polícia Civil de Juara segue investigando o caso e conta com a colaboração da sociedade para identificar os autores do crime.